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segunda-feira, maio 31, 2010

Coisas que não quero

Não quero a voz da multidão, pois ela abafa o sussurro educado do Pai de amor.


Não quero as luzes sedutoras das vitrines eclesiásticas, pois elas tiram de mim as descobertas do quarto fechado.


Não quero a companhia dos vendedores de Deus, pois eles me afastam daqueles que são alvos prediletos da graça - os oprimidos.


Não quero os elogios dos bajuladores, pois como dizia Maquiavel, eles são como o carvão: apagados me sujam, acesos me queimam.




Não quero frutos maduros a toda hora, são produtos de jardineiros charlatães; prefiro o processo bendito do Fruto do Espírito.


Não quero aplausos, pois as mesmas mãos que se batem, também me batem!


Não quero luxo nem lixo: apenas a graça do equilíbrio


Não quero uma teologia amarga, de gabinete, pois ela ama verdades confessionais, mas despreza verdades encarnadas.


Não quero a prosperidade dos milhões quando muitos vivem de migalhas.


Não quero ser Apóstolo, Papa nem Semideus, apenas gente!


Não quero que meu filho tenha vergonha de mim: meu sucesso no púlpito não pode ser divorciado do meu sucesso enquanto pai.


Não quero a sombra nem os frutos da videira sem que eu esteja ligado ao seu caule!


Não quero entristecer o amigo Espírito Santo.



Há tantas outras coisas que não quero...


José Régio disse que "quando você for começar uma viagem, saiba primeiro por onde não ir". Essa é a estrada por onde não vou!

Este artigo é de Alan Brizotti - colunista da visão reinista do geinizah
um site cristão que trabalha com apologética(defesa da fé cristã)através do humor. As mesmas afirmações dele eu atribuo a mim também e desejo que todos os leitores do blog salnageral afirmem, executem e confirmem.

João Paulo - Missionário no Uruguai

domingo, maio 30, 2010

Eu não gosto de música evangélica

  

Quando um evangélico diz algo desse tipo ele corre o risco de ser mal compreendido.
Então me deixa esclarecer melhor isso: quando eu digo que não gosto de musica gospel, geralmente quero dizer que não gosto mesmo. Pelo menos não daquelas que passam no Faustão ou no domingo legal.
Fora algumas exceções, acho todas sem criatividade, sem profundidade e geralmente com letras pobres. Mas o maior problema que vejo não é esse...
***
Posso estar errado, mas tenho uma teoria:
Se você quer entrar na política aprenda um pouco com o império romano do primeiro século.
Eu não estava lá, mas graças a Deus (no sentido literal da expressão) a partida foi narrada e escrita.
O mando de campo era dos romanos: O coliseu.
A partida era: Império Romano x Cristianismo.
Roma, depois de muitas baixas sofridas pela seleção de profetas cristãos, aparentemente saiu vencendo no primeiro tempo. Mas a conversa que rolava no vestiário era que a cada desfalque do time cristão, dez novos jogadores se alistavam para a batalha.
Roma, inteligentemente, constatou que, nessa batalha quando se perde é que se ganha e bem antes de Maquiavel pensar em nascer ou que Sun Tzu tivesse escrito A arte da guerra, nasceu o maior dos estratagemas político:
Se não pode com eles, junte-se a eles.
O império contrataca: vendo que a derrota era eminente, Roma instituiu o cristianismo como religião oficial e, com um fiar play histórico, os dois times saem de campo abraçados.
Fim de jogo, o Cristianismo cedeu o empate aos 45 minutos do segundo tempo, depois que o Império Romano parou de jogar.
Análise da grande final 2000 anos depois: quando uma pessoa se alistava na seleção Cristã nos tempos de perseguição era porque a verdade e o amor por Deus eram tão grandes e reais na sua vida que ela não podia fugir disso. A única saída era vestir a camisa e ir pra campo quase sempre sabendo que não iria voltar, mas com a convicção de que quando se perde é que se ganha.
Com o fim da perseguição não era mais preciso morrer pela verdade. Com o passar do tempo não se precisava mais viver pela verdade.
A paz reinava sobre Roma. Para se intitular cristão só era preciso ser um cidadão romano. Romanos e cristãos se fundiram criando então primeiro Dream Team da historia.
Não era preciso mudar de atitude, não era preciso ser diferente, era só levantar as mãos num culto de domingo e entrar para o time. E os cristãos foram se conformando com esse mundo porque esse mundo era gospel.
Há pouco tempo o tribunal desportivo dos deuses do Olímpo consertou uma injustiça histórica, dando a vitoria daquela final para o Império Romano, entendendo eles, que o Cristianismo saiu de campo antes do apito final.
A banalização do bem: alguns milhares de anos depois da primeira grande final entram em campo a Mídia, patrocinada pela fundação Roberto Marinho e outros, e o que restou do Cristianismo, para uma final eletrizante.
Vendo que o cristianismo estava ganhando o meio de campo, a mídia resolveu partir para o contrataque e então, com uma estratégia já conhecida, resolveram escalar a música gospel como capitã do time.
 A música gospel, como grande diplomata que é, convenceu o time de evangélicos a abraçarem a Mídia, com o discurso que nada precisava mudar. E, com o exemplo do fiar play histórico da grande final entre romanos e cristãos, a mídia e os evangélicos poderiam sair abraçados de campo.
Como resultado, hoje, para se intitular evangélico, não é preciso mudar nada. Não é preciso se santificar, mudar de atitude, deixar seus vícios, lutar contra o pecado ou coisa parecida.
Você pode ir a um bar ou uma boate e ser batizado com uma música gospel.
Por mais incrível que pareça sexo, drogas e música gospel andam juntas nos bares da vida.
E você pode se conformar com esse mundo porque, ainda hoje, esse mundo é gospel.
A análise desse jogo se encontra em aberto sem previsão de ser concluída a tempo do fim.


A não perseguição pode nos levar a morte.
 

terça-feira, maio 25, 2010

Microsalvamentos – Como salvar o mundo um instante de cada vez

        
Sei como salvar o mundo mas até agora não contei para ninguém, porque não tenho a coragem ou a força de caráter para dar exemplo e ser o primeiro. E nem, para falar a verdade, o segundo.

Contra todos os meus instintos, portanto, exponho aqui o Plano Mestre, na esperança que ninguém acredite e coloque em prática. Os resultados seriam incrivelmente desastrosos para a civilização como a conhecemos.

Esqueça o coletivo

A primeira coisa a fazer, se você ainda não fez, é desiludir-se por completo de todas as iniciativas comunitárias ou governamentais, por mais bem intencionadas que sejam, e raramente são. Esqueça, meu caro discípulo, o coletivo. A salvação não virá de ongs ou ogs, Gogues ou Magogues, poderes ou potestades. A salvação não virá de igrejas, assembléias, organizações de bairro, sindicatos, asilos, orfanatos ou campanhas de assistência. As ongs tem a tremenda virtude de não serem governamentais, mas contam com a imperdoável falha de serem organizações. Repita comigo: as instituições não existem. Só existem pessoas. Se você não fizer, ninguém vai fazer. Absolutamente ninguém vai fazer.

Eu, pode estar certo que não vou.
O mundo é salvo em partes. Em partes pequenas.

Esqueça quem você ama

Não no sentido de deixar de amar quem você ama, mas no sentido de abandonar todas as suas tentativas de salvar, resguardar e proteger quem você ama. Todos os esforços nesse sentido serão contraproducentes. Você precisa de quem você ama, e está portanto inteiramente desqualificado para ajudá-lo. Talvez alguém possa salvar quem você ama, mas não será você. A única coisa a se fazer por quem se ama é a absolutamente mais dolorosa e custosa de todas: abrir mão dos seus esforços de preservar essas pessoas para você, mantendo ao mesmo tempo a [tola] esperança de que elas lhe sejam devolvidas inteiras um dia. Sua missão, aprenda comigo, não será salvar os que você ama. Se fosse, onde estaria o seu mérito?

Salve o momento

O terrível segredo, que ninguém parece ter a coragem de encarar, é que o mundo não pode ser salvo de uma só vez. Não há como se varrer a miséria da existência em grandes e eficientes vassouradas. Não há como se pagar alguém para ir salvando o mundo, do modo que se paga o encanador para desentupir o ralo. Salvar o mundo é um serviço sujo que só você pode fazer, ao ritmo de um ínfimo passo de cada vez.

O mundo é salvo em partes. Em partes pequenas.

Souberam-no e sabem-no todos os grandes santos, jesuses, gandhis e são franciscos, e as madres teresas de todas as Calcutás. O único modo verdadeiramente virtuoso de se viver e o único modo eficaz de se salvar o mundo é pelo regime dispendioso, frustrante e tremendamente lento dos microsalvamentos: redimindo-se um momento de cada vez. Um remédio de cada vez. Uma refeição de cada vez. Uma conversa de cada vez. Um abraço de cada vez. Uma caminhada de cada vez. Um cafezinho de cada vez. Um pedido de desculpas de cada vez. Um perdão de cada vez. Um churrasco de cada vez. Uma adoção de cada vez. Uma cura de cada vez. Uma dor de cabeça de cada vez.

Os microsalvamentos não são glamurosos, não são definitivos, não dão manchete e não são recompensadores. Não dão a impressão de trabalho realizado, porque não está. É apenas o começo das dores, e amanhã haverá mais. A pedra que empurramos até o topo hoje terá deslizado invariavelmente o morro amanhã, e amanhã haverá outras.

Não temos infelizmente o chamado ou a capacitação para salvar o amanhã, o que nos pareceria infinitamente mais atraente. Amanhã as coisas podem já ter mudado. Amanhã posso ter dado um jeito de escapar daqui. Minha tarefa, minha impensável tarefa, é salvar este momento, este ridículo, insuportável, irredimível momento.

Alguém pare o momento que quero descer.

Prepare-se para morrer

Se você é esperto como eu, deve estar pensando: “Brabo, você está aí sentado na sua cadeira, muito belo e formoso, me convidando para sair pela vida fazendo o bem sem olhar a quem. Pois deixe-me ser o primeiro a dar-lhe boas vindas ao planeta Terra, meu amigo. Aqui o mundo não é cor-de-rosa desse jeito não. Viver nessa onda de redimir o momento é pauleira, velho. Mesmo que eu conseguisse viver a minha vida consistentemente com a melhor das boas intenções, é preciso mais do que óculos de Pollyanna para não enxergar que o mundo está cheio de gente mal intencionada. Quem garante que eu não vá cair vítima de rejeição, de incompreensão, de falcatrua, de uma bala perdida ou planejada, por parte de um espírito menos bem intencionado do que eu?”

Se você pensou assim, eu não teria dito melhor. Rejeição, traição e morte, confirmam as estatísticas, compõem o final que aguarda todos os que dedicam a vida à proposta insanidade dos microsalvamentos. Gente como Gandhi, Martin Luther King, Jesus a Abraham Lincoln não morre, é colhida pela insuportável singularidade da sua conduta. Ninguém quer estar na pele de pessoas assim, porque não permanecem muito tempo dentro da pele.

Fica então a advertência: você pode até cair nessa de salvar o mundo um momento de cada vez – mas faça suas orações, velho, porque seus dias estão contados. Não comece jamais esse serviço pensando que vai terminar.

Esqueçamos o que eu disse

Como espero ter deixado muito claro, salvar o mundo é atividade perigosa, frustrante, não-remunerada e insalubre. Requer preparo físico, caráter ilibado, sangue de barata e estômago forte. Desconsidere, portanto, tudo que eu disse.

Aliás, você não iria mesmo poder fazer nada sem a minha ajuda. Só eu posso salvar o mundo, e enquanto minha consciência estiver aplacada, o mundo estará perdido.

Mais fácil assim.

terça-feira, maio 18, 2010

Sexo na TV

Livro: O senhor Brecht
Autor: Gonçalo M. Tavares
Conto: O gatinho


Havia um gato que todos os fins de tarde se aproximava do dono e lhe lambia os sapatos com sua língua minúscula.


Vencendo uma certa timidez e uma certa precaução higiênica, o homem um dia decidiu descalçar-se para observar se o gato lhe lambia os pés como fazia aos sapatos.


Foi aí que o tigre, que se disfarçara de gato durante anos, decidiu que era o seu momento, e em vez de lamber, comeu.
Hoje me perguntaram porque parei de assistir TV.

O que me veio a cabeça foi a palavra sexo. Até então, o que a gente conhecia sobre sexo e romance entre casais era o que escutávamos de outros casais e raramente eles falavam muita coisa. Então esses momentos íntimos realmente ficavam na intimidade(o que já era de se esperar).

Pela TV, internet e leituras várias, nós adentramos junto a um casal num quarto e ali apropriamos da intimidade deles e, falando abertamente, contemplamos uma mera ficção da vida de um casal. Não há mais intimidade pura, passou a se esperar do(a) companheiro(a) uma atividade cinematográfica, cheia de ação e drama, aventuras e conflitos com finais SHREKIANOs.

 Adolescentes olham a Miley Cyrus e acham bonitinha mas adultos acham mais ainda. Depois quem paga o pato são os pedófilos compulsivos. Um programa que antes era tão familiar, como do Silvio Santos, passa a revelar verdades desnecessárias ao público e daí vai corrompendo uma das verdades mais puras que Deus nos deixou que é o romance MATRIMONIAL.

Não me dou bem com a TV porque como homem que sou não consigo me preparar para um relacionamento real onde tem crises e afetividade, que tenha bocejos e roncos, porque percebo que instintivamente eu irei esperar mais do  que uma simples pessoa comigo, vou esperar uma atriz. Por mais corrompido que eu já esteja ainda me há tempo de converter(no sentido de mudar o caminho) deste caminho que faz mal e com toda consciência e racionalidade que me permito, dizer "NÃO!" a TV e sim a minha mulher, que a amo mesmo antes de a ter. Este é um dos mistérios que ocorre entre Cristo e a igreja, um amor antes da fundação do mundo - Efesios 5.32-33.
"A compreensão das suas limitações foi o que levou poucos homens a ultrapassarem vários limites." Leo A.
Eu não assisto TV porque ela me faz pecar! Foi a melhor resposta que achei.

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais."
Quando Bob Marley disse isso não fazia idéia de que essa é a maior característica da igreja, pessoas diferentes unidas num mesmo reino. Gerencie-se, se analise, se identifique, procure em você o que está atrapalhando sua originalidade e acredite na pureza, ela ainda pode ser buscada.



Sal.

sábado, maio 15, 2010

Utilidade pública


Hackearam meu Orkut. Pode uma coisa dessas?!
Sinto-me virtualmente violentado. Ainda deixaram um recado dizendo: isso não te pertence mais.
Ta lá, como se fosse uma bandeira pirata fincada na minha cabine de comando comemorando a desapropriação.
Antes de expressar minha dor quero registrar aqui minha indignação por ser forçado a escrever uma palavra tão feia como hackearam. Para escrever essa palavra ortograficamente correta tive que procurar sua matriz (hacker) no dicionário da língua portuguesa. E ela estava lá toda sorridente na pagina 465. 
Agora, alguém ai pode me explicar o que uma palavra 100% inglesa está fazendo em um dicionário de língua portuguesa? Como eu posso respeitar uma palavra que tem mais consoantes do que vogais? Desde quando ela está ali? Será que existem mais delas? Depois de invadirem nossas terras, matarem nossos índios, roubarem nosso ouro, nosso pau Brasil estão invadindo nossos dicionários. Alguém precisa tomar uma providencia, se não daqui a alguns dias nossos dicionários vão ser da língua portu-inglesa.
Como sinal de protesto todas as vezes que for obrigado a escrever essa palavra de novo vou usá-la de uma forma abrasileirada (não sei se existe essa expressão, mas pelo menos essa não é importada).
Então vamos lá: Raquearam meu Orkut. Pode uma coisa dessas?!
Ainda estou abalado psicologicamente. To pensando em fazer uma terapia de grupo online. A gente nunca imagina que vai acontecer conosco. Quem diria,...meu Orkut,...tantos anos,...nunca fez mal a ninguém. A gente não pode nem mais sair conectado por ai com segurança. Orkut deveria ter cerca elétrica ou pelo menos um alarme que manda-se uma mensagem para seu celular quando alguém tenta-se invadi-lo.
Já se passaram uma semana sem meu Orkut. A internet não é mais a mesma sem ele. Sabe aquela emoção que a gente sente quando entra no Orkut para ver se existe um novo recado, nem que seja aqueles com um ursinho pooh cheio de purpurina, piscando tipo neo em porta de boate, desejando uma ótima semana. Quando aparece a primeira pagina do perfil a gente já tá sabendo se existe um novo recado, porque já decoramos no dia anterior que nosso Orkut contabilizava 364 recados.
E não me venha com essa de Facebook, Myspace, Sonico, Twitter, Hi5 e etc. Nada pode substitui a dor da perda de um Orkut querido. Ainda mais quando essa perda foi ocasionada por tamanha violência e crueldade.
O pior é que ainda não me mandaram nenhum spam pedindo resgate.
Nunca imaginei que sentiria tanta falta de algo tão inútil. Fico aqui pensando quantas coisas inúteis preenchem nossas vidas, quantas coisas inúteis como o Orkut nos trazem um sentido inútil as nossas vidas. São esses tantos momentos de inutilidade que nos fazem sentir seguros.
Já imaginou se gastássemos mais tempo com coisas realmente relevantes? Já imaginou se todos os Orkut, MSN, email fossem raqueados? Teríamos todo tempo do mundo para gastar com coisas que realmente fazem sentido, que realmente importam. Que perigo isso. Fico com medo até de imaginar uma coisa dessas.
Penso que o mundo poderia ser transformado se uma coisa dessas acontecesse, e como já diria alguém que eu não me lembro quem: “preferimos ser destruídos a ser transformados”.
E a igreja. Hoje em dia igreja que se preze já tem Orkut, blog e email. Algumas, como a minha, até evangelizam via internet. Tem até discipulado online. Tudo muito moderno, nada de andar junto, olho no olho, comunhão, calor humano, nada de abraço forte, segurar na mão, orar juntos, chorar com os que choram. Tudo assim, impessoal.
Meu Deus, pensar em tudo isso é realmente muito perigoso. Acho que com a perda do meu Orkut tenho utilizado meu tempo ocioso pensando em coisas muito relevantes. Não estou acostumado com isso. Preciso ter minha vida inútil de volta, preciso do meu Orkut. Será que me mandaram algum recado nessa ultima semana? Nem que seja um ursinho pooh.
Se alguém ai souber alguma informação importante sobre o paradeiro do meu Orkut, por favor, envie um email para diogovieira7@hotmail.com.


“Para chegar ao que você não é você tem de seguir o caminho no qual você não está.” 
T.S. Eliot
 

sexta-feira, maio 07, 2010

Equívocos

  

Igreja não é parede.
Adoração não é musica.
Culto não é assistido.
Pastor não é profissão.
Dizimo não é propina.
Religião não é muleta.
Crente não é ingênuo.
Deus não é papai Noel.
Biblia não é desodorante.
Arrepender não é chorar.
Chorar não é arrepender.
Dúvida não é duvidar.
Questionar não é discordar.
Amar não é concordar.
Missionário não faz fotossíntese.
Milagre não é natural.
Converter não é levantar as mãos.
Morrer não é o fim,
é só o intervalo.
Diogo Vieira, não é assim
nem é assado.

3 vídeos estranhos e REAIS!

Mulher mata pais motivada por fanatismo religioso

Usuários de drogas e seus filhos





Abuso Sexual Infantil - estaacontecendoagora.com





SAL.

segunda-feira, maio 03, 2010

FLAGRANTE


Dormindo no culto...
Olha que gracinha desse menino rs!

OBS.: Isso já era 3 horas da madrugada, ok?!

Sal

domingo, maio 02, 2010

Traumas

         
Ouvi dizer que quando se tem um trauma é sempre bom conversar sobre o assunto para se libertar, tipo um rito de passagem. Isso deve ser história de algum terapeuta ou livro de auto-ajuda.
Não acredito em terapia, não acredito em psicanálise, apesar de entender que os contos de fadas não são histórias para crianças, não acredito em livros de auto-ajuda. Mas como já tentei de tudo e estou desesperado vou acatar a sugestão e me abrir com vocês.
Meu trauma é porta giratória. Não consigo controlar meu desespero quando tenho que ir ao banco. Tento evitar ao máximo nossos encontros. Minha conta é débito automático e quando preciso de dinheiro vou a uma agência que tenha caixa rápido do lado de fora.
Suspeito que o fato de elas travarem não tem nada a ver com metais. Na verdade elas são programadas para barrarem suspeitos.
Geralmente quando vou ao banco estou de bermuda, capacete na mão e uma mochila enorme nas costas. Prazer, meu nome é Diogo, meu sobrenome é suspeito.
O pior não é a porta travar, o pior é a expectativa de ela travar. Quando essa expectativa é confirmada todo mundo olha para você na esperança que você não seja sobrinho do Bin Laden ou afilhado do Beira Mar.
Duas coisas me preocupam bastante:

Primeiro qual a utilidade de uma porta giratória em um assalto ao banco, se elas não são blindadas?
Fico imaginando um assaltante muito educado indo ao banco. Ele chega de terno e gravata, que é para não ser barrado por ser suspeito, coloca sua arma e seu celular naquela caixinha que faz a gente pensar que é por causa do metal, atravessa a porta com a certeza que não tem nenhuma moeda no bolso, rende o guarda, que nunca suspeita de gente de terno e gravata, pega o dinheiro e sai pela porta com a arma na mão.
Minha segunda preocupação é com o cara que inventou a porta giratória. Fico imaginando que ele seja alguém acima de qualquer suspeita. O cara que sacaniou todo mundo com esse invento que não barra um tiro de 22 deve passar por todas as portas giratórias do mundo sem nunca precisar ter tirado uma moeda do bolso. Ele deve ter programado todas as portas giratórias para reconhecer a sua pessoa.
O que passa na cabeça de um cidadão que inventa uma coisa que vai atrasar e estressar a vida de todo mundo, exceto a do assaltante é claro, porque esse nunca passa pela porta, geralmente ele da um tiro na parede da porta giratória, que também é de vidro não blindado, e faz seu serviço rapidinho.
Depois de me abrir com vocês não me sinto aliviado e ainda tenho que ir ao banco hoje à tarde. O pior é que me lembrei que o blog é evangélico e esse texto, aparentemente, não tem nada a ver com Deus. Agora me sinto com a consciência pesada. Por tanto vou tentar fazer uma analogia um pouco forçada. Vamos lá:
Porta giratória me lembra Mateus 7:23, quando Deus vai dizer: ...nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. Imagino nesse momento uma grande porta giratória celestial blindada, e toda aquela cambada de fariseus, acima de qualquer suspeita humana, achando que estão subindo sem nenhuma moedinha de pecado e perdição no bolso, e quando eles menos esperam penhnh (não consigo lembrar o barulho da porta travando, na verdade não sei se tem um barulho. Então entenda a expressão penhnh como uma onomatopéia que imita o som de uma campainha antiga, tipo aquelas que têm em casa de vó).
Agora quando leio Mateus 7:13 – Entrai pela porta estreita – acrescento a palavra giratória para entender bem o grau de dificuldade que é passar por ela.
Porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição..., Acabei de perceber que no inferno não tem porta giratória. Porta larga deve ser tipo aquelas que têm no shopping que já tá abrindo só de a gente chegar perto.
Acho que essa analogia não foi nem um pouco forçada, na verdade ela faz todo sentido. Eu já tô até me sentindo mais aliviado.



P.S.: O Diogo me perdoe a invasão mas isso me lembrou um vídeo que fizeram no Rio sobre o preconceito nas portas-giratórias que foi postado aqui há alguns meses, veja aqui.
SAL