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domingo, maio 30, 2010

Eu não gosto de música evangélica

  

Quando um evangélico diz algo desse tipo ele corre o risco de ser mal compreendido.
Então me deixa esclarecer melhor isso: quando eu digo que não gosto de musica gospel, geralmente quero dizer que não gosto mesmo. Pelo menos não daquelas que passam no Faustão ou no domingo legal.
Fora algumas exceções, acho todas sem criatividade, sem profundidade e geralmente com letras pobres. Mas o maior problema que vejo não é esse...
***
Posso estar errado, mas tenho uma teoria:
Se você quer entrar na política aprenda um pouco com o império romano do primeiro século.
Eu não estava lá, mas graças a Deus (no sentido literal da expressão) a partida foi narrada e escrita.
O mando de campo era dos romanos: O coliseu.
A partida era: Império Romano x Cristianismo.
Roma, depois de muitas baixas sofridas pela seleção de profetas cristãos, aparentemente saiu vencendo no primeiro tempo. Mas a conversa que rolava no vestiário era que a cada desfalque do time cristão, dez novos jogadores se alistavam para a batalha.
Roma, inteligentemente, constatou que, nessa batalha quando se perde é que se ganha e bem antes de Maquiavel pensar em nascer ou que Sun Tzu tivesse escrito A arte da guerra, nasceu o maior dos estratagemas político:
Se não pode com eles, junte-se a eles.
O império contrataca: vendo que a derrota era eminente, Roma instituiu o cristianismo como religião oficial e, com um fiar play histórico, os dois times saem de campo abraçados.
Fim de jogo, o Cristianismo cedeu o empate aos 45 minutos do segundo tempo, depois que o Império Romano parou de jogar.
Análise da grande final 2000 anos depois: quando uma pessoa se alistava na seleção Cristã nos tempos de perseguição era porque a verdade e o amor por Deus eram tão grandes e reais na sua vida que ela não podia fugir disso. A única saída era vestir a camisa e ir pra campo quase sempre sabendo que não iria voltar, mas com a convicção de que quando se perde é que se ganha.
Com o fim da perseguição não era mais preciso morrer pela verdade. Com o passar do tempo não se precisava mais viver pela verdade.
A paz reinava sobre Roma. Para se intitular cristão só era preciso ser um cidadão romano. Romanos e cristãos se fundiram criando então primeiro Dream Team da historia.
Não era preciso mudar de atitude, não era preciso ser diferente, era só levantar as mãos num culto de domingo e entrar para o time. E os cristãos foram se conformando com esse mundo porque esse mundo era gospel.
Há pouco tempo o tribunal desportivo dos deuses do Olímpo consertou uma injustiça histórica, dando a vitoria daquela final para o Império Romano, entendendo eles, que o Cristianismo saiu de campo antes do apito final.
A banalização do bem: alguns milhares de anos depois da primeira grande final entram em campo a Mídia, patrocinada pela fundação Roberto Marinho e outros, e o que restou do Cristianismo, para uma final eletrizante.
Vendo que o cristianismo estava ganhando o meio de campo, a mídia resolveu partir para o contrataque e então, com uma estratégia já conhecida, resolveram escalar a música gospel como capitã do time.
 A música gospel, como grande diplomata que é, convenceu o time de evangélicos a abraçarem a Mídia, com o discurso que nada precisava mudar. E, com o exemplo do fiar play histórico da grande final entre romanos e cristãos, a mídia e os evangélicos poderiam sair abraçados de campo.
Como resultado, hoje, para se intitular evangélico, não é preciso mudar nada. Não é preciso se santificar, mudar de atitude, deixar seus vícios, lutar contra o pecado ou coisa parecida.
Você pode ir a um bar ou uma boate e ser batizado com uma música gospel.
Por mais incrível que pareça sexo, drogas e música gospel andam juntas nos bares da vida.
E você pode se conformar com esse mundo porque, ainda hoje, esse mundo é gospel.
A análise desse jogo se encontra em aberto sem previsão de ser concluída a tempo do fim.


A não perseguição pode nos levar a morte.
 

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